Cofrinhos caseiros guardam 7,4 bilhões de moedas. Veja o que fazer com esse dinheiro
				
						2016-05-02 13:42:49
									
				Você cultiva aquele velho hábito  de guardar as moedas de pequeno valor em algum lugar que não seja sua carteira?  Se a sua resposta é SIM, saiba que grande parte da população brasileira faz  exatamente a mesma coisa. 
  De acordo com o Banco Central, os  bolsos, cofrinhos e gavetas da população guardam 7,4 bilhões de moedas.  
  Esse total representa 32% das  moedas emitidas até dezembro de 2015. Ou seja, de todo o volume de cédulas e  moedas emitidas pela Casa da Moeda, um terço está guardado, parado nas casas da  população.
  O cofrinho costuma ser uma boa  fonte de renda para eventuais gastos ou imprevistos, mas sabe-se que usar  moedas não é hábito dos brasileiros, diferentemente do que acontece em outros  países, em que é comum o pagamento de compras em moedas metálicas.
  Impacto do cofrinho na economia
  Quando não usadas, as moedas e  cédulas de pequeno valor acabam fazendo falta no mercado. “Elas precisam  circular, pois facilitam o troco no comércio e reduzem as despesas do governo  com novas emissões de dinheiro”, explica o diretor de operações da FEBRABAN,  Walter de Faria. 
  Isso não quer dizer que o hábito  de juntar dinheiro no cofrinho não seja saudável. O que o mercado precisa é que  as pessoas passem a trocar as moedas poupadas por cédulas de valores maiores. 
  O que fazer com o dinheiro do cofrinho
  Com esse montante, é possível pensar  em investimentos melhores. A sugestão, dessa vez do diretor de Educação  Financeira da FEBRABAN, Fabio Moraes, é que se faça uma aplicação com o valor  guardado. 
  Ele diz que, além de ajudar o  sistema financeiro a colocar moedas em circulação, a pessoa também faz o seu  dinheiro render, ao colocá-lo em uma aplicação financeira em vez de mantê-lo  parado em casa, perdendo valor.
  Vale a pena colocar na poupança?
  Ter uma prática constante de  poupança, mesmo com pequenas quantidades, pode fazer o indivíduo a acumular um  bom dinheiro depois de algum tempo. 
  Em tempos de crise, disciplina e  controle são palavras de ordem para assegurar o bem estar financeiro das  famílias e para que se atinjam objetivos ainda maiores, como a compra de um bem,  investimentos em educação e cultura, viagens, dentre outros. 
  E isso não é apenas uma ideia dos  bancos para arrecadar mais dinheiro da população. De acordo com o educador  financeiro Adriano Severo, o ideal é que os cofrinhos guardem em casa apenas um  valor para emergências. 
  Ele diz que o dinheiro que  não é investido vai se desvalorizando, em razão da inflação, que eleva o preço  dos produtos. “O melhor é procurar um fundo de investimento e  verificar, no próprio banco, se ele rende mais que a poupança. Claro, já descontado o imposto de renda”.
* Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do Guia Montes Claros