Atualizado: 07-09-2021
O cenário político do Brasil ganhou um novo protagonista nos últimos tempos, que está longe de ser um membro da Câmara ou do Senado Federal. Trata-se do juiz Sérgio Moro, responsável pela condução das ações da Operação Lava Jato.
A investigação já possui dois anos e foi iniciada por causa de irregularidades em um posto de gasolina, que culminou com o escândalo de corrupção na Petrobras.
Na última sexta-feira (4), o caso ganhou novas repercussões envolvendo o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. A 24ª fase da Lava-Jato levou coercitivamente Lula e outras 10 pessoas a prestarem depoimentos à Polícia Federal.
Dessa forma, Sérgio Moro voltou a ser um dos nomes mais comentados e aclamados nas redes sociais. Tido como o salvador da pátria por alguns grupos de oposição ao governo, o juiz tem o desafio de executar seu trabalho com a mesma imparcialidade de sempre.
Além de grandes nomes da política, Moro fez história ao levar executivos de grandes empreiteiras para o banco dos réus.
Juiz da 13ª vara federal criminal de Curitiba, o magistrado tenta levar uma vida comum, apesar dos holofotes. Ele, que ganhou o título de “Brasileiro do Ano” em 2014 pela Revista Istoé, tem 43 anos e possui mestrado e doutorado em Direito do Estado pela Universidade Federal do Paraná.
Moro também fez especializações no exterior. Cursou o Program of Instruction for Lawyers, da Universidade de Harvard, e participou de programas de estudos sobre lavagem de dinheiro no International Visitors Program, promovido pelo Departamento de Estado Americano.
O juiz foi um dos três indicados pela Associação dos Juízes Federais do Brasil (Ajufe) para concorrer ao cargo deixado pelo ministro no Supremo Tribunal Federal (STF), Joaquim Barbosa, que anunciou aposentadoria em maio de 2014.
A respeito da repercussão da última fase da Lava Jato, Sergio Moro repudiou os confrontos decorrentes da operação e os classificou como “lamentáveis”.
O juiz pediu tolerância em relação a opiniões divergentes, “respeito à lei e às instituições constituídas e compreensão em relação ao outro”.
* Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do Guia Montes Claros