Atualizado: 07-09-2021
A crise política, a pressão popular e um possível processo de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff acirraram as discussões sobre o futuro comandante do país, que em vias normais, será Michel Temer, do PMDB.
Embora o partido tenha anunciado seu rompimento com o governo, ou seja, deixou de fazer parte da base aliada ao PT, Temer segue no posto de vice-presidente e, se necessário, ocupará o mais alto cargo executivo do país.
Dessa forma, o PMDB chegará à Presidência da República sem eleições pela 3ª vez na história pós-ditadura militar.
O primeiro foi José Sarney, que era vice de Tancredo Neves. Anos depois foi a vez de Itamar Franco, que sucedeu Fernando Collor.
Veja a seguir como ocorreram esses fatos:
José Sarney
Após 21 anos de ditadura militar, o Brasil aguardava com ansiedade a chegada de um civil ao posto presidencial. Porém, no dia 15 de março de 1985, a imprensa informou que o próximo presidente - Tancredo Neves - precisou ser internado às pressas no hospital.
Foi assim que o vice-presidente subiu a rampa do planalto e recebeu a faixa presidencial. E com a morte de Tancredo no dia 21 de abril, José Sarney assumiu de vez o comando do país.
Vale lembrar que a eleição de Tancredo foi indireta, ou seja, a população não teve direito ao voto.
Itamar Franco
Considerado uma “peça decorativa” na chapa de Fernando Collor, Itamar assumiu a presidência em março de 1992 com o afastamento do chefe do executivo.
No curso do processo de impeachment, Collor renunciou em dezembro daquele mesmo ano.
Em 1998, Itamar Franco tentou se candidatar novamente à presidência da República, mas o PMDB optou por apoiar a reeleição de Fernando Henrique Cardoso.
Michel Temer
Com um possível impeachment da presidente Dilma Rousseff, o vice, Michel Temer, assumiria a Presidência da República até 2018. Dessa forma, o PMDB teria um homem no mais alto comando do executivo pela 3ª vez.
* Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do Guia Montes Claros